A paralisação dos médicos Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo, iniciada na manhã desta terça-feira (25), prejudica pacientes que procuram atendimento nas unidades de saúde na Grande Vitória.
O aposentado Amarildo José das Neves, de 69 anos, tinha uma cirurgia de hérnia marcada para esta terça-feira no Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha. O idoso veio de Ibiraçu, no Norte do Estado, apenas para a operação.
"Eu estava com a papelada toda em mãos, com os exames prontos. Estou planejando isso desde o ano passado, e agora foi tudo por água abaixo. Não sei se esses exames vão valer para quando a cirurgia for remarcada", afirma o aposentado.
A lavradora Joseni Loureiro, de 56 anos, passou pela mesma situação. Ela veio de Aracruz, município do Norte que fica a 80 quilômetros da capital, para se consultar com um angiologista, pois tem problema de varizes. "Acordei às 4h só para vir à Vitória, e agora terei que voltar", reclama a trabalhadora rural
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, diz que a paralisação é apenas uma das ações dentro de uma “mobilização nacional” da categoria para que a população perceba os problemas do sistema de saúde público do país. Segundo ele, todos os atendimentos de emergência e urgência serão realizados. Nesta manhã, a paralisação atinge cerca de 20 estados. Nos demais, haverá manifestações. Em Mato Grosso, os médicos fizeram uma manifestação às avessas e dizem ter aumentado o atendimento.
Vitória
O movimento na policlínica do bairro São Pedro, na capital, estava tranquilo na manhã desta terça-feira. Porém, alguns pacientes reclamaram da falta de atendimento médico.
O funcionário público Magnólio Nicolau dos Santos, de 58 anos, tem um machucado na perna e não foi atendido. "Eu já fui à policlínica de Santo Antônio e também não consegui", conta. O motorista Tiago de Jesus, 28, também não recebeu atendimento. "Acordei com o joelho inchado e dolorido. Tem criança aí dentro com febre e não é atendida. Agora vou tentar conseguir atendimento em alguma unidade da Serra", diz.
ParalisaçãoMédicos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (25). Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do ES (Simes), Otto Baptista, cerca de 90 mil atendimentos feitos pelo estarão suspensos. Procedimentos como cirurgias eletivas, consultas e diagnósticos, deixarão de ser feitos por 24h em todo o Estado. Estão garantidos apenas atedimentos de urgência e emergência.
De acordo com Baptista, eles protestam contra más condições de trabalho e de estrutura. "Infelizmente, não temos como trabalhar do jeito que estamos. Isso foi decidido em assembleia, é um movimento nacional", afirma.
A concentração da diretoria do Simes, da Associação Médica do ES (Ames) e dos conselheiros do CRM/ES para visitação às unidades de urgência e emergência, acontece às 16h, em frente à Assembleia Legislativa.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a paralisação dos médicos não afetará os serviços de urgência e emergência prestados pelos hospitais da secretaria. Consultas, exames ou cirurgias eletivas (não urgentes) não serão agendadas para esta terça-feira ou deverão ser remarcadas.
Reivindicações
- Fim das más condições de trabalho e de estrutura oferecida pela rede pública de saúde
- Mais recursos para a saúde pública
- Financiamento maior para o SUS, para garantir cirurgias
- Fim de pacientes no chão dos corredores
- Mais dinheiro federal destinado a prefeituras, para garantir melhor atendimento e especialistas em menos tempo
- Fim de filas para conseguir especialistas
O aposentado Amarildo José das Neves, de 69 anos, tinha uma cirurgia de hérnia marcada para esta terça-feira no Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha. O idoso veio de Ibiraçu, no Norte do Estado, apenas para a operação.
"Eu estava com a papelada toda em mãos, com os exames prontos. Estou planejando isso desde o ano passado, e agora foi tudo por água abaixo. Não sei se esses exames vão valer para quando a cirurgia for remarcada", afirma o aposentado.
A lavradora Joseni Loureiro, de 56 anos, passou pela mesma situação. Ela veio de Aracruz, município do Norte que fica a 80 quilômetros da capital, para se consultar com um angiologista, pois tem problema de varizes. "Acordei às 4h só para vir à Vitória, e agora terei que voltar", reclama a trabalhadora rural
O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, diz que a paralisação é apenas uma das ações dentro de uma “mobilização nacional” da categoria para que a população perceba os problemas do sistema de saúde público do país. Segundo ele, todos os atendimentos de emergência e urgência serão realizados. Nesta manhã, a paralisação atinge cerca de 20 estados. Nos demais, haverá manifestações. Em Mato Grosso, os médicos fizeram uma manifestação às avessas e dizem ter aumentado o atendimento.
Vitória
O movimento na policlínica do bairro São Pedro, na capital, estava tranquilo na manhã desta terça-feira. Porém, alguns pacientes reclamaram da falta de atendimento médico.
O funcionário público Magnólio Nicolau dos Santos, de 58 anos, tem um machucado na perna e não foi atendido. "Eu já fui à policlínica de Santo Antônio e também não consegui", conta. O motorista Tiago de Jesus, 28, também não recebeu atendimento. "Acordei com o joelho inchado e dolorido. Tem criança aí dentro com febre e não é atendida. Agora vou tentar conseguir atendimento em alguma unidade da Serra", diz.
ParalisaçãoMédicos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (25). Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do ES (Simes), Otto Baptista, cerca de 90 mil atendimentos feitos pelo estarão suspensos. Procedimentos como cirurgias eletivas, consultas e diagnósticos, deixarão de ser feitos por 24h em todo o Estado. Estão garantidos apenas atedimentos de urgência e emergência.
De acordo com Baptista, eles protestam contra más condições de trabalho e de estrutura. "Infelizmente, não temos como trabalhar do jeito que estamos. Isso foi decidido em assembleia, é um movimento nacional", afirma.
A concentração da diretoria do Simes, da Associação Médica do ES (Ames) e dos conselheiros do CRM/ES para visitação às unidades de urgência e emergência, acontece às 16h, em frente à Assembleia Legislativa.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a paralisação dos médicos não afetará os serviços de urgência e emergência prestados pelos hospitais da secretaria. Consultas, exames ou cirurgias eletivas (não urgentes) não serão agendadas para esta terça-feira ou deverão ser remarcadas.
Reivindicações
- Fim das más condições de trabalho e de estrutura oferecida pela rede pública de saúde
- Mais recursos para a saúde pública
- Financiamento maior para o SUS, para garantir cirurgias
- Fim de pacientes no chão dos corredores
- Mais dinheiro federal destinado a prefeituras, para garantir melhor atendimento e especialistas em menos tempo
- Fim de filas para conseguir especialistas