sábado, 1 de março de 2014

Críticas a Barbosa se multiplicam após ataques aos ministros do STF

28/2/2014 15:12
Por Redação - de Brasília

CORREIO DO BRASIL
Barroso foi enfático ao afirmar que 'mensalão' é um 'ponto fora da curva'
Barroso foi enfático ao afirmar que ‘mensalão’ é um ‘ponto fora da curva’
Após a derrota para a maioria do Plenário, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa, presidente da Corte e relator da Ação Penal (AP) 470, chamada de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, ou de ‘mentirão’ na imprensa independente, sofrerá um novo revés, em breve. Ele verá todo o julgamento ser questionado, uma vez que a quadrilha que afirmava existir, no bojo do processo, simplesmente foi desconsiderada por seis dos ministros do Supremo.
Em não havendo quadrilha, o ex-ministro José Dirceu, por exemplo, não poderia ser alvo das acusações que o colocaram no centro da tese de ‘domínio do fato’, o que lhe significou parte da pena que cumpre, hoje, em regime fechado, quando deveria cumpri-la em regime semiaberto. Este será um dos fatos questionados pela defesa dos réus.
O julgamento dos embargos infringentes, recursos que poderiam reverter as condenações, representa o fim do andamento do processo no STF, mas ainda resta uma última possibilidade para os condenados tentarem mudar os rumos dos fatos e, por conseguinte, as penas impostas pela Corte: a revisão criminal, uma nova ação que poderá ser apresentada individualmente por cada condenado.
Nesta quinta-feira, durante o julgamento dos embargos infringentes, o STF decidiu, por maioria de votos, absolver os réus do crime de formação de quadrilha. No dia 13 de marco, serão analisados mais três recursos em relação ao crime de lavagem de dinheiro.
A absolvição por formação de quadrilha não altera as condenações dos réus do mensalão pelos demais crimes. Dirceu, Delúbio e Genoino cumprem pena por corrupção ativa. Os ex-dirigentes do Banco Rural estão presos por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas. O núcleo de Valério cumpre pena por corrupção ativa, peculato e lavagem – Ramon e Valério foram punidos também por evasão.
Em relação a esses crimes, para os quais não cabem mais recursos no processo do mensalão, os condenados poderiam entrar com revisão criminal. A revisão criminal somente poderá ser apresentada quando não couber mais nenhum recurso contra as condenações.
Discurso virulento
Em artigo publicado nesta sexta-feira, a colunista da Rede Brasil Atual (RBA) Helena Sthephanowich atentou para o fato que, ao fim do capítulo do julgamento dos embargos infringentes na AP-470 que absolveu José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e outros réus do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, o último a votar – quando já não era mais possível reverter o veredito – “fez um discurso com frases de efeito tais como ‘alertar à nação’, ‘sanha reformadora’ etc”.
“Aos olhos de quem trabalha com a divulgação de informação, ficou claro que se tratava de uma fala que poderia perfeitamente ser editada pelos telejornais, reforçando o viés moralizador de uma potencial campanha política dele, Joaquim Barbosa”, afirmou a colunista.
O discurso, no entanto, foi esvaziado nas edições dos jornais televisivos noturnos, para frustração do autor, e sobraram críticas ao comportamento do presidente da mais alta corte de Justiça do país. Segundo o jornalista Miguel do Rosário,
em seu blog, “o fato de estar publicada na CBN, que pertence às organizações Globo, mostra que não está sendo possível conter a avalanche de críticas ao JB. Ela está vindo com muita força, de todos os lados, de pessoas esclarecidas e preocupadas com o direito, com a justiça e, sobretudo, com a democracia, conceitos agredidos violentamente pelo sociopata político Joaquim Barbosa”.
“O cientista político Claudio Couto, da Escola de Administração Pública da FGV de São Paulo, acusou o presidente do STF, Joaquim Barbosa, de fazer acusações de cunho político e partidário contra seus colegas e contra a presidente da República. ‘Ele não podia fazer isso, pois um juiz deve ser neutro’, diz Couto. Ele aborda ainda a possibilidade de o STF reverter decisões sobre o ‘mensalão’, mesmo que isso contrarie a ‘opinião pública’. Couto lembra que o STF deveria ser uma instituição contra-majoritária, ou seja, mais preocupada com os direitos individuais do que com a opinião da maioria, até porque é uma opinião contingente e volátil, que hoje pode estar de um lado, e amanhã, de outro”, afirmou.
“Com a expressão de ‘alerta ao Brasil’, Joaquim Barbosa fez praticamente um chamamento ao golpe. Foi o que entendi após ouvir essa entrevista de Couto. E é isso mesmo o que eu acho que Barbosa fez: chamou um golpe. Ou preparou os
fundamentos de seu discurso eleitoral, cometendo um gravíssimo crime político, em dose dupla: juiz não pode exercer atividade político-partidária e não se pode usar a TV Justiça para veicular propaganda política”, concluiu.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Gravações da Justiça dão detalhes do atentado no Riocentro em 1981

Fantástico obteve depoimentos de testemunhas e participantes.
Ex-delegado diz que havia bomba no palco para atingir artistas.

Do G1, com informações do Fantástico
22 comentários



Novos depoimentos de testemunhas e participantes ajudam a Justiça a entender detalhes do atentado que ocorreu em 1981 no Rio Centro.
Com autorização, da Justiça, o Fantástico obteve acesso ao material, que é parte da mais completa investigação sobre o Caso Riocentro, iniciada dois anos atrás.
(veja vídeo ao lado)
Os relatos ajudam a esclarecer o caso, em que estão envolvidos grupos secretos, na tentativa de impedir o fim da ditadura militar. Com eles, o Ministério Público Federal (MPF) encontra detalhes do que aconteceu no Riocentro naquela noite, em que ocorria um show comemorativo ao dia 1º de Maio.
Um dos depoimentos é o do coronel reformado Wilson Machado, que nunca deu entrevistas sobre a explosão ocorrida dentro do carro em que ele estava na noite de 30 de abril de 1981, no Riocentro. No banco do carona estava o sargento Guilherme do Rosário, que morreu no veículo. Machado saiu ferido do episódio.
Em dezembro de 2013 e em janeiro passado, Machado disse ao Ministério Público Federal, que não estava envolvido com o atentado. “Eu nunca carreguei nenhum explosivo, não sei mexer com nenhum explosivo, nunca mexi na minha vida. Não estou encobrindo ninguém, e ninguém vai dizer que deu essa ordem pra mim”.
Enquanto Wilson Machado nega envolvimento e até a existência de uma bomba, um ex-delegado afirma que havia um plano para que uma bomba fose colocada no palco para atingir os artistas.
'Peritos foram pressionados'
Para o procurador Antonio Passos, não há dúvidas de que o inquérito conduzido logo depois do atentado em 1981 foi direcionado para que as conclusões não chegassem aos autores do atentado.
“Peritos foram pressionados, testemunhas foram ameaçadas, provas foram suprimidas do local do crime. Então, a gente não tem dúvida de que a primeira investigação no Riocentro foi direcionada para que o caso fosse acobertado, que não se descobrisse a verdade”, disse.
'Alguma coisa subversiva'
Em 1981, o então capitão do Exército Wilson Machado era chefe de uma seção do  Destacamento de Operações de Informações (DOI), órgão de inteligência e repressão da ditadura militar.  Segundo seu depoimento, a missão que recebeu do comando do DOI era simples: verificar se os artistas e os participantes falavam  “alguma coisa subversiva”.
Desde o primeiro inquérito, ainda em 1981, Machado sempre sustentou que ele e o sargento saíram do carro por alguns instantes depois de terem chegado ao Riocentro, e depois iriam estacionar normalmente. Ele teria ido ao banheiro e o sargento - conhecido no Exército como Wagner - aproveitou para procurar amigos com quem teria ficado de se encontrar.
Os dois voltaram ao carro e houve uma explosão -- que Machado diz não ter achado que se tratava de uma bomba. “Para mim não estourou bomba não, amigo”, disse. “Se você ver aí na declaração, não sei se está aí, quando eu fui interrogado, eu achava que tinha estourado o motor do carro”.
Testemunha
Mais de 30 anos depois do atentado, uma testemunha do caso criou coragem para falar ao MPF. Mauro Cesar Pimentel, dono do carro que aparece em uma imagem feita logo depois do atentado, foi localizado em 2011 pelo jornal "O Globo".
Ele disse não ter se pronunciado antes por medo, mas também conta ter visto o carro de Machado antes da explosão. “Eu olhei bem para dentro do carro e na traseira do carro, no vidro traseiro, que é baixa a traseira, eu vi dois cilindros idênticos ao que ele estava manipulando”, contou ele, referindo-se ao sargento Guilherme do Rosário.
Machado, que viu a declaração por meio do MPF, contesta a informação. “Duvido. Duvido!”, diz Machado.
Em depoimento, Pimentel diz ter visto a explosão e buscado ajuda. “Eu corri, corri e não achei ninguém. Voltei e falei, vou eu mesmo socorrer ele. Mas quando eu voltei, ele não estava mais lá (Machado). Já não estava ele e não estavam os dois cilindros na traseira do carro. Só ficou o sargento, que já estava morto”.
Em todos os depoimentos que deu até hoje, Machado afirma que não se lembra quem o socorreu e diz que o explosivo não estava no colo do sargento. Ele também mostra cicatrizes de que teria sido atingido no episódio.
Na época, a investigação concluiu que a bomba estava imprensada entre o banco e a porta do carona.
'Eu não podia deixar de cumprir a ordem'
O major reformado Divany Carvalho Barros, conhecido no Exército como "Dr. Áureo", admitiu, três décadas depois do atentado, que foi enviado ao Riocentro para recolher provas que pudessem incriminar o Exército. Divany afirma que recolheu de dentro do carro três objetos pertencentes ao sargento Rosário.
Eu não podia deixar de cumprir a ordem. A caderneta com telefones, nomes, anotações. Peguei a caderneta, peguei uma granada defensiva que ele usava na bolsa que não explodiu. Peguei a pistola dele”, contou em depoimento ao MPF.
Em outro depoimento ao MP, o ex-delegado de polícia Cláudio Guerra contou que sua função era prender, no Riocentro, pessoas falsamente ligadas à explosão. No depoimento, ele revela a existência de mais uma bomba com um novo alvo – o palco e os artistas.
“Seria colocado no palco, justamente para atingir... A comoção seria a morte de artistas mesmo, né?”, diz o ex-policial.
Nenhuma bomba explodiu no palco. No entanto, além da que explodiu no pátio, outra foi atirada na casa de força do Riocentro, para cortar a luz e causar pânico nas mais de 20 mil pessoas que assistiam ao show, segundo os procuradores.
A viúva do sargento Guilherme do Rosário, Sueli José do Rosário, também guardou silêncio por mais de 30 anos, segundo disse ao MPF, por ter sido ameaçada.
“No dia que enterrei meu marido. No dia... Não deram tempo nem para eu chorar a morte do meu marido”, disse. Ela conta que a ameaça veio de alguém chamado de 'doutor Luiz', que teria dito que ela seria acompanhada e mencionado seus dois filhos. O MPF está investigando a identidade do homem.
Restaurante do Rio é peça chave
As investigações do Ministério Público Federal também estão mapeando a atividade dos grupos que lutaram contra o fim da ditadura. Na lista de endereços revelados pelas testemunhas, um restaurante na Zona Portuária do Rio é uma peça importante das investigações.
Segundo o MPF, coronéis e generais do Exército se reuniam no local para planejar os atentados. Depois, as ordens eram repassadas aos subalternos. Somente nos primeiros meses de 1980, foram 46 explosões atribuídas aos militares.
Boa parte dos atentados foi contra bancas de jornal que vendiam publicações consideradas subversivas. Uma bomba enviada à sede da Ordem dos Advogados do Brasil, no Rio, matou a secretária Lyda Monteiro.
Denúncia do MPF
Para o MPF, o coronel Wilson Machado, o ex-delegado Cláudio Guerra e os generais reformados Nilton Cerqueira e Newton Cruz, devem responder por tentativa de homicídio, associação criminosa e transporte de explosivos.
Nilton Cerqueira era comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro e teria suspendido o policiamento no dia do show. Newton Cruz, que ainda foi denunciado por favorecimento, chefiava o Serviço Nacional de Informações (SNI). Segundo o MPF, ele soube do atentado com antecedência e nada fez para impedir.
Os outros denunciados pelo MPF são o major Divany, por fraude processual, e o general reformado Edson Sá Rocha, acusado de ter defendido um plano de atentado um ano antes, também no Riocentro - o único que se recusou a responder às pergundas do MPF.
Passados 33 anos do atentado, os procuradores alegam que o crime não prescreveu porque foi praticado contra o país. Além disso, não estariam cobertos pela Lei da Anistia, válida de 1961 a 1979.
A Justiça Federal ainda está analisando o novo inquérito para decidir se aceita a denúncia.
Procurados pelo Fantástico, o general Newton Cruz disse que já foi julgado e inocentado pelo Superior Tribunal Militar e pelo Supremo Tribunal Federal no caso do Riocentro. A família do ex-delegado Cláudio Guerra disse que ele está doente e não poderia falar. Nilton Cerqueira e Sueli José do Rosário não quiseram dar entrevista para o Fantástico. Já o coronel Wilson Machado e o major reformado Divany Carvalho Barros foram procurados em casa e pelo telefone, mas não foram encontrados.
Veja o site do Fantástico






veja também

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014


Polícia Militar vai usar 'tropa do braço' em protestos em SP

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A Polícia Militar de São Paulo vem treinando há três meses um grupo de 80 a 100 homens que vai atuar em protestos sem armas de fogo.
Segundo a corporação, o grupo vai "retirar" das manifestações pessoas que demonstrarem intenção de praticar atos de vandalismo.
Os suspeitos serão identificados no decorrer das manifestações com a ajuda de agentes infiltrados, que deverão acionar os policiais da "tropa do braço" antes de começar o quebra-quebra.
Se as pessoas abordadas tiverem estilingues, coquetéis molotov ou objetos usados para depredação, deverão ser levadas ao distrito policial.
O grupo especial da PM usará apenas algemas e tonfa, espécie de cassetete com cabo lateral que facilita seu uso em posição de defesa.
Inspirada na experiência da França, que enfrentou uma série de protestos violentos na periferia de Paris em 2005, a ideia da "tropa do braço" é "ter risco zero de emprego de arma de fogo", revelou à Folha o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira.
Os PMs escolhidos para integrar o grupo são os considerados mais fortes e com domínio de alguma arte marcial, explicou Meira.
"Vamos colocar policiais militares com essa finalidade: identificar e retirar [da multidão] essas pessoas", afirmou o coronel.
"Todo mundo fala que a polícia ora excede, ora omite. Esse ponto é o mais importante: em que hora eu devo atuar e de que forma que eu devo atuar", disse o coronel.
Os treinamentos do grupo começaram logo depois que o coronel Reynaldo Simões Rossi foi agredido por um grupo de manifestantes, em outubro do ano passado.
A arma dele foi levada no momento da agressão.
Segundo Meira, essa é mais uma razão para que policiais que tenham contato físico direto com os manifestantes não carreguem armas.
Os policiais da "tropa do braço" estão sendo treinados no Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1, responsável pela região central de São Paulo.
Nos últimos meses, segundo o coronel Meira, vários homens foram transferidos de outros comandos de área para a região central da cidade para atuar em manifestações.
Segundo Meira, novas medidas para a manutenção da ordem precisaram ser criadas depois que os protestos de rua ganharam novos formatos que a polícia não pôde prever -como a ausência de líderes e de trajetos combinados anteriormente.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

RESUMO DOS JORNAIS DE HOJE, 04-02-2014 (TERÇA-FEIRA)
 04 de fevereiro de 2014

Correio Braziliense
Manchete: Por Pedrinho, por Leo, pela paz, pela vida
O repúdio dos brasilienses à escalada do crime reacendeu a necessidade de se adotarem medidas para o Distrito Federal superar o desafio da violência. A questão não se resume à operação tartaruga, movimento considerado ilegal pela Justiça. Especialistas e integrantes de conselhos comunitários defendem mais ações de segurança, o fim da impunidade e investimentos para reduzir a desigualdade social. Vítima de uma troca de tiros na Estrutural, o menino Pedro Henrique Pereira, de 5 anos, morreu na madrugada de ontem. Ele e Leonardo Monteiro, assassinado na quarta-feira em Águas Claras, estão entre os mais de 70 brasilienses que perderam a vida este ano em razão da insegurança pública. (Págs. 1 e 19 a 21)
PMs ameaçam vigiar os políticos
Pressionados pela Justiça, grupos de policiais trocam a “tartaruga" pela operação-padrão e prometem fiscalizar e multar autoridades nas ruas. (Págs. 1 e 20)
Deboche aos Poderes
Prestes a ir para a cadeia, João Paulo Cunha (PT-SP) se uniu a militantes acampados em frente ao STF para protestar contra o mensalão. Na mesma hora, no Congresso, durante a sessão de abertura do ano legislativo, o deputado André Vargas (PT-PR) repetiu, diante do ministro Joaquim Barbosa, o gesto que marca a reação dos petistas condenados. (Págs. 1 e 2)
Esquizofrenia: Mal incurável sem amparo do Estado
A morte de Eduardo Coutinho reabriu a ferida: com o fim dos manicômios, não há política pública para tratamento do transtorno psíquico. Cineastas, alunos, admiradores acompanharam o sepultamento do documentarista ontem à tarde no Rio de Janeiro. (Págs. 1 e 7 e diversão e arte 3)
Ibovespa é arrastado por onda de pessimismo
Notícias negativas vindas da China e dos EUA aumentaram a desconfiança dos investidores com os países emergentes e derrubaram a Bolsa de São Paulo. A queda ontem foi de 3,13%. O déficit recorde na balança comercial brasileira também aumentou o nervosismo do mercado. (Págs. 1 e 8 a 10)
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Estado de Minas


Manchete: Vereadores adiam fim de verba indenizatória
Falta de acordo na Câmara de BH atrasa projeto que acaba com a gastança extra

A proposta de extinção do subsídio – que dá a cada gabinete o direito de gastar R$ 15 mil por mês com aluguel de carro, gasolina, alimentação, telefone e outras despesas de manutenção do mandato mediante a simples apresentação de notas fiscais – seria apresentada pelo presidente da Casa, Léo Burguês (PTdoB). Ele chegou a convocar uma entrevista para anunciar a medida. Mas só informou aos colegas minutos antes.

Houve bate-boca com vereadores que discordam do fim da regalia e outros que reclamaram de a questão não ter sido discutida. Burguês, então, recuou e disse que o projeto será protocolado ainda este mês, depois de debatido em comissão. A proposta que ele apresentaria previa a licitação de todas as despesas.Denúncias de uso irregular e enriquecimento ilícito com a verba já levaram à abertura de vários processos na Justiça. (Págs. 1, 6 e Editorial, 8)

R$ 7,3 mi

Custo anual para o Legislativo se os 41 parlamentares utilizarem o total de recursos a que cada um tem direito.
Revitalização: Acordo tenta destravar a obra no Anel
O Dnit assinou termo de cooperação na Justiça Federal para o reassentamento de 4 mil famílias que moram às margens da via. Avisadas, elas concordaram com a solução. (Págs. 1 e 17)
Susto no centro
Fogo em loja de material de pesca na Avenida Paraná, em frente às novas estações do BRT de Belo Horizonte, levou ao fechamento do quarteirão entre as ruas Tamoios e Carijós na tarde de ontem. Explosões de pequenos cilindros de gás do tipo usado em acampamentos deixaram pedestres e comerciantes apreensivos. Combate às chamas levou quase duas horas, mas ninguém ficou ferido. Dono da loja suspeita que causa do incêndio tenha sido um curto-circuito. (Págs. 1 e 19)
Material escolar: Preço de 45 itens subiu entre 10 e 31 de janeiro (Págs. 1 e 12)


Crime na internet: Loja francesa faz leilão de fóssil brasileiro no Ebay (Págs. 1 e 16)


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Jornal do Commercio


Manchete: Tudo parado de Norte a Sul
Além da chuva, desrespeitos de sempre cometidos por motoristas pais de alunos transformaram o trânsito em caos na volta às aulas. Desta vez, houve até fila tripla na porta das escolas. (Págs. 1 e cidades 1) 
Obra fecha pista do aeroporto e altera o horário de 34 voos (Págs. 1 e cidades/economia 7)


OAB abre vistoria de presídios do Estado pelo Aníbal Bruno (Págs. 1 e cidades 2)


Casos de câncer devem crescer 50% em 20 anos
Pesquisa internacional prevê ainda que, no período, as mortes pela doença vão passar das 8,2 milhões registradas em 2012 para 13 milhões. (Págs. 1 e 7)
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Zero Hora


Manchete: Mau humor global pressiona dólar e faz a bolsa despencar
Dados negativos nos Estados Unidos e na China espalharam turbulência que chegou ao Brasil. (Págs. 1 e 14 a 16)
Greve dos ônibus: 4 horas de tensão e uma esperança
Reunião no TRT definiu proposta que será votada em assembleia dos rodoviários hoje.

Aumento de 7,5% ;

Vale-alimentação de R$ 19;

Contribuição de R$ 10 no plano de saúde.

Se a oferta for aprovada, os ônibus da Capital voltarão a circular de forma gradual, a partir das 12h. (Págs. 1 e 4, 5, 10, 11 e 39)
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Brasil Econômico


Manchete: Dilma promete ano melhor do que 2013
Na contramão das projeções de economistas preocupados com a crise mundial, a presidenta da República disse ontem que 2014 será melhor do que o ano passado. Segundo ela, o governo persegue a manutenção dos fundamentos macroeconômicos com crescimento, inclusão social, redução das desigualdades e gerando empregos, mesmo diante “da maior crise econômica internacional desde 1929”. (Págs. 1 e 3)
Trabalhar muito
Foi a orientação da presidenta Dilma Rousseff na posse dos ministros, a partir da esquerda, Aloizio Mercadante, Casa Civil, José Henrique Paim, Educação, Arthur Chioro, Saúde, e Thomas Traumann, Comunicação Social. (Págs. 1 e 3)
País usa 1/3 do potencial hidrelétrico
A necessidade de melhor aproveitamento foi a conclusão da mesa redonda promovida pelo Brasil Econômico com os maiores especialistas brasileiros em energia e sustentabilidade. (Págs. 1 e 5 a 9)
Bolsa: Janeiro foi de valorização para teles
Entre as 10 ações que mais subiram dentro do Ibovespa - índice que já recuou 10,4% este ano -, três são de operadoras de telefonia, que tiveram novidades societárias influenciando na alta dos seus papéis. (Págs. 1, 20 e 21)
Logística: DHL terá terminal em Viracopos
A empresa alemã vai instalar no aeroporto de Campinas, em maio, uma unidade exclusiva para movimentação de cargas e aeronaves próprias. O terminal funcionará todos os dias da semana, por 24 horas. (Págs. 1 e 18)
Comércio exterior
A balança comercial brasileira chegou ao fim de janeiro com o maior déficit da história: de US$ 4,057 bilhões. (Págs. 1 e 12)
Teoria: Keynesianos apontam flexibilização do tripé macroeconômico do governo brasileiro (Págs. 1 e 4)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dilma estuda dar sexto ministério ao PMDB para assegurar apoio

  
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A presidente Dilma Rousseff tem sido aconselhada por interlocutores a rever sua posição e dar o sexto ministério ao PMDB. O objetivo é evitar rebeliões no partido, estratégico ao projeto de reeleição.
Dilma voltou de Cuba nesta quarta-feira (29) disposta a retomar as negociações para a última reforma ministerial do mandato.
Integrantes do governo se mostravam pessimistas com a ida do empresário Josué Gomes para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Nos últimos dias, Dilma foi avisada das dificuldades dele em deixar a Coteminas, empresa de sua família.
Assim, a pasta pode ser usada para contemplar um aliado ou acomodar alguém da cota pessoal da presidente.
Dilma tem três destinos possíveis para aliados: além do Desenvolvimento, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria de Portos.
Prevalecendo a ideia de dar o sexto ministério ao PMDB, a sigla poderia ser alojada tanto na primeira quanto na segunda pastas. Com isso, Portos poderia acomodar o PTB, cujo indicado é Benito Gama.
Relações Institucionais, responsável pela articulação política o Congresso, tende a continuar com Ideli Salvatti.
Um dos cotados para a Educação é Henrique Paim, secretário-executivo do órgão. O governador Cid Gomes (Pros-CE), patrocina o nome de Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, sua secretária de Educação, para o posto.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Panorama Político - 26-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco) sobre a nomeação de Arthur Chioto para Ministro da Saúde

Uns são mais iguais que outros
Os aliados do governo Dilma estão reticentes em relação à escolha do secretário petista Arthur Chioro para o Ministério da Saúde. Alegam que, se fosse um nome indicado por outro partido da base, a sociedade em uma consultoria que atua no setor detonaria o pretendente. Mas, como é do PT, passa. Estes aliados preveem uma dor de cabeça futura. E perguntam: "Qual prefeito do país não vai querer contratar a consultoria dirigida pela mulher do ministro?". Eles antecipam a próxima pauta: O crescimento da Consultoria Consaúde sob a administração de Roseli Régis dos Reis, mulher de Chioro, e que está assumindo a empresa.
"Nós estamos colocando Minas Gerais como uma grande oportunidade de negócios para grandes empreendimentos internacionais"



Eis a íntegra da matéria supra referida:


Panorama Político - 26-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
O caminho da expansão
                Os investidores brasileiros se preparam para investir no "Chaco" do Paraguai. A região, de 250 mil km2, de matas e pastagens, tem população aproximada de 400 mil e faz fronteira com Mato Grosso do Sul. O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Sameck, retornou de uma visita à região, que precisa de investimentos em irrigação para se tornar um novo celeiro produtivo.

Uns são mais iguais que outros
Os aliados do governo Dilma estão reticentes em relação à escolha do secretário petista Arthur Chioro para o Ministério da Saúde. Alegam que, se fosse um nome indicado por outro partido da base, a sociedade em uma consultoria que atua no setor detonaria o pretendente. Mas, como é do PT, passa. Estes aliados preveem uma dor de cabeça futura. E perguntam: "Qual prefeito do país não vai querer contratar a consultoria dirigida pela mulher do ministro?". Eles antecipam a próxima pauta: O crescimento da Consultoria Consaúde sob a administração de Roseli Régis dos Reis, mulher de Chioro, e que está assumindo a empresa.

"Nós estamos colocando Minas Gerais como uma grande oportunidade de negócios para grandes empreendimentos internacionais"
Antonio Anastasia

Governador de Minas, otimista com sua ida ao Fórum Econômico Mundial
Troca na Esplanada e insatisfação
A primeira tarefa do futuro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é desarmar a chamada pauta-bomba, que, se aprovada, poderá gerar novos gastos públicos, como o piso dos policiais.


A alternativa
Diante da posição do prefeito Márcio Lacerda (PSB) de permanecer na prefeitura de Belo Horizonte, os socialistas que defendem candidatura própria ao governo de Minas apostam agora no presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil. Ele queria disputar o Senado, mas desistiu devido à candidatura do governador Antônio Anastasia.

De olho nos eleitores
O Planalto está atento ao movimento para derrubar o veto da presidente Dilma à lei que permitiria a criação de 269 novos municípios. São muitos os deputados governistas que estão dispostos a se rebelar por causa das eleições.

Os nomes do colegiado
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, já tem alguns nomes para integrar o colegiado que vai comandar seu marketing. Na lista: o argentino Guillermo Raffo (atuou para o prefeito Márcio Lacerda), Paulo Vasconcelos (trabalhou para o governador Antonio Anastasia) e Rui Rodrigues (atuou nas duas do ex-presidente FHC).

Caçamba eleitoral
Em ano eleitoral, o governo quer faturar a entrega de caminhões-caçamba para municípios com até 50 mil habitantes. Amanhã, o Ministério do Desenvolvimento Agrário faz festa, em Brasília, para entregar as máquinas a 47 cidades de Goiás.

Nova fatura
O PCdoB, o mais tradicional aliado do PT, acaba de fazer mais um pedido de apoio aos petistas, além da reeleição do senador Inácio Arruda (CE). O partido quer a deputada Alice Portugal na vice da chapa de Rui Costa (PT) ao governo da Bahia.

MAIS de 150 mil pessoas baixaram aplicativo do Ministério da Justiça para verificar a situação de um veículo, a partir do número da placa.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Médico se forma sem saber básico, diz presidente de Conselho

Exame do Conselho de Medicina de SP reprovou 60% dos médicos recém-formados no estado. Em entrevista à EXAME.com, presidente diz que faltam "conhecimentos básicos"

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   Casado com Dilma, PMDB namora com antagonistas da presidente nos Estados (Josias de Souza)    
 
 
No casamento entre PMDB e PT a felicidade conjugal é muito difícil. Quando existe, é extraconjugal. Em vários Estados, essa felicidade conjugal só será possível a três. Ou a quatro. Longe de Brasília, algumas das principais lideranças do partido de Michel Temer, o vice de Dilma Rousseff, namoram com o PSB de Eduardo Campos e com o PSDB de Aécio Neves.
No Rio Grande do Norte, o PMDB de Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, prepara o lançamento da candidatura do ex-senador peemedebista Fernando Bezerra numa mega-aliança que incluirá o PSB, o PSDB e, talvez, até o DEM. Momentaneamente afastado da política, Bezerra tornou-se um personagem nacional na década de 90. Eleito senador pelo PMDB em 1998, virou líder do governo FHC no Senado. No ano seguinte, o presidente tucano nomeou-o ministro da Integração Nacional.
A despeito desse passado, digamos, emplumado, o PT potiguar se dispõe a aceitar o nome de Fernando Bezerra. Mas impõe duas condições. Primeiro, reivindica que seja acomodada na chapa, como candidata ao Senado, a deputada federal Fátima Bezerra (a despeito da coincidência de sobrenome, ela não é parente do outro Bezerra). Em segundo lugar, o PT exige que a coligação seja composta apenas por legendas governistas.
Henrique Alves e seu primo, o ministro Garibaldi Alves (Previdência), torcem o nariz para o par exigências. Para o Senado, preferem a ex-governadora Wilma de Faria, do PSB de Campos. E não abrem mão da inclusão do PSDB de Aécio na canoa. Cogita-se delegar ao tucanato a indicação do vice. Quanto ao DEM, comandado no Estado pelo senador José Agripino Maia, a condição para que se integre à caravana é o rompimento com a governadora ‘demo’ Rosalba Ciarlini Campeã de impopularidade, ela é mantida no cargo por força de liminares judicias.
Em Roraima, o PMDB de Romero Jucá, ex-líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado, também ambiciona a felicidade conjugal a três. Ali, o PT deseja fazer de sua senadora Ângela Portela a próxima governadora. E Jucá faz o que pode para impedir. Apoiará a candidatura de Chico Rodrigues, do PSB de Campos. Para vice, seu filho, o deputado estadual Rodrigo Jucá, atual secretário de Educação da capital Boa Vista, comandada por Tereza Surita, ex-senhora Jucá.
Fechando a chapa majoritária idealizada por Romero Jucá, disputará a cadeira de senador por Roraima o atual governador do Estado, José de Anchieta Júnior, do PSDB de Aécio. Embora trame contra os interesses do PT, Jucá potencializa seu prestígio político cavalgando os programas sociais do governo federal. Nesta sexta-feira (24), o senador trotou uma solenidade de entrega de 450 chaves do programa Minha Casa, Minha Vida, orgulho de Dilma Rousseff.
“A casa própria é o sonho da família brasileira, e em Roraima não é diferente”, discursou o inimigo local do PT. “Portanto, não vamos descansar até cumprir todas as nossas metas. Só em Boa Vista serão construídas 5 mil casas em 4 anos.” Fez questão mencionar a prefeita e ex-mulher: “Neste primeiro ano de governo de Teresa já entregamos mil casas. E para este ano de 2014 já temos aprovadas mais 520 habitações pelo Minha Casa, Minha Vida.”
Nas pegadas do pai, o futuro candidato a vice-governador Rodrigo Jucá também cuida de vincular sua imagem aos feitos do governo federal. No ano passado, estrelou peças publicitárias do PMDB local. Numa, intitulada ‘O PMDB sabe fazer’, disse que a força do partido pode ser medida “pelas obras e projetos sociais que ele traz para a cidade” de Boa Vista. Ao fundo, aparece uma cliente do Bolsa Família sacando o benefício num caixa eletrônico (assista abaixo).

Chama-se Marcelo de Castro o candidato do PMDB ao governo do Piauí. Vice-líder do partido na Câmara, ele integra o grupo político leal ao vice-presidente da República. Já comunicou a Michel Temer que irá às urnas de 2014 tendo como vice o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes, do PSDB, e como candidato ao Senado o atual governador piauiense Wilson Martins, do PSB. Também informados, Aécio e Campos abençoaram o arranjo. Sobretudo porque ele exclui o PT.
No Ceará, o PMDB disputará o governo com Eunício Oliveira. Atual líder da legenda no Senado, Eunício gostaria de dispor do apoio de Dilma, de Lula, do PT e do governador cearense Cid Gomes (ex-PSB, hoje no Pros). Mas Cid tem planos de lançar um candidato próprio. E o petismo cearense vira a cara. Mas Dilma e o PT federal pendem para o projeto do governador. Abespinhado, Eunício negocia com Aécio uma composição com o PSDB.
Se o tricô cearense prosperar, o PSDB será representado na chapa de Eunício por um desafeto de Lula: Tasso Jereissati. Alijado do Senado em 2010, quando Lula se empenhou pessoalmente em derrotá-lo, Tasso ambiciona retomar o assento de senador em 2014. Para não ser tachado de dissidente, Eunício reivindica em Brasília a realização de uma pré-convenção do PMDB. Ocorreria em abril. E serviria para liberar as alianças extraconjugais nas praças onde o acerto com o PT tornou-se inviável.
É o que sucede também na Bahia, onde o peemedebista Geddel Vieira Lima, outra amigo de Temer, planeja disputar o governo em aliança com PSDB e DEM. O fenômeno pode se repetir no Rio de Janeiro, onde o governador Sérgio Cabral, em litígio com o PT do senador Lindberg Farias, busca novos parceiros. Candidato ao Senado, Cabral quer fazer vice Luiz Pezão seu sucessor. De resto, a encrenca pode se estender ainda à Paraíba. Na bica de ser preterido por Dilma na reforma ministerial, o senador Vital do Rego, cacique do PMDB paraibano, ameaça oferecer apoio à candidatura do tucano Cássio Cunha Lima, que cogita concorrer ao governo do Estado.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014


Panorama Político - 20-01-2014 (O Globo - Ilimar Franco)
Alerta vermelho              

                 A paciência do governo está chegando ao limite com o presidente do Atlético Paranaense, Mario Petraglia. A obra da Arena da Baixada está enroscada. A presidente Dilma e o ministro Aldo Rebelo (Esportes) trataram do assunto semana passada. O governo não pode recorrer à construtora. Ela é de amigos do cartola. O estádio, que deve receber quatro jogos, pode sobrar.

PMDB: “stand up comedy"
Uma sonora gargalhada tomou conta do Palácio do Jaburu na noite de quarta-feira. Depois de extravasar o descontentamento com os rumos da reforma ministerial e da relação eleitoral nos estados com o PT, a cúpula do PMDB jantava com o vice Michel Temer, quando um dos presentes fez uma intervenção surpreendente e recheada de ironia. Lá pelas tantas, ele brinca: “O Michel vai assumir na próxima semana. Ele devia aproveitar que a Dilma está viajando. Ele demite, nomeia e faz a reforma ministerial". A descontração tomou conta do ambiente. E, mesmo sendo brincadeira, os peemedebistas presentes à reunião insistem em dizer que não lembram quem foi o gaiato.

A reação aos rolezinhos tem uma dimensão preconceituosa. As pessoas associam aquela correria nos shoppings com os arrastões na praia

Luís Adams
Advogado-Geral da União

A todo vapor
A CUT publicou texto na internet defendendo os “rolezinhos”. O secretário de Juventude da entidade, Alfredo Santos Junior, diz que “a reação de conservadores representa o medo das elites de ter seu espaço ameaçado pelos excluídos".

Contra a corrente
O enredo corre solto no PSB. O governador Geraldo Alckmin nem o PSDB pensam em abrir mão da vice em favor do PSB, como sonha o deputado Márcio França (SP). Alckmin quer ser candidato a presidente em 2018 e não deseja deixar no governo, durante 10 meses, o aliado de um de seus prováveis adversários, o socialista Eduardo Campos.

Palanque exclusivo
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, independente de suas declarações, não quer uma aliança do governador Geraldo Alckmin com o PSB, pois ela implica dividir o palanque tucano com o candidato socialista Eduardo Campos.

Reforçando o alicerce
Os palanques regionais são a maior dor de cabeça dos candidatos de oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Os dois estão empenhados em construir candidaturas no maior número de estados. Vários quadros estão sendo pressionados a entrar na disputa para dar suporte à campanha nacional.

Palanque mineiro
O ministro da Agricultura, Antonio Andrade, anuncia amanhã ao comando do PMDB se será vice na chapa do candidato do PT ao governo de Minas, o ministro Fernando Pimentel. O PT dá a dobradinha como certa. Mas o PMDB ainda não.

Na crista da onda
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), foi festejado pela massa na Lavagem da Igreja do Bonfim, na quinta-feira. Seus partidários estranharam a ausência do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves. Oportunidade perdida.
O bistrô da livraria Sebinho, na Asa Norte, em Brasília, virou ponto de encontro de assessores do governo Dilma. Eles se escondem dos locais